“Guerra e Paz” nos dias de hoje (2024): o que aprendemos com Tolstói?

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Passados mais de 150 anos da grande obra “Guerra e Paz”, continuamos com os mesmos dramas “humanos” retratados por Liev Tolstói, como: traições, deslealdades, ignorância, inconsciência, manipulação, alienação, insanidade mental, violência… infelizmente, podemos dizer que fizemos avanços na desumanização… as guerras só são a parte mais visível desta nefasta sombra da cultura da “humanidade” atual… vamos estudar e incentivar a reflexão a partir desta obra de Tolstói… para quem sabe, evoluirmos mais no sentido de uma Cultura realmente Humana… uma Cultura de Amor e Paz.

Prof. Lino Azevedo Júnior

Campinas, 14 de dezembro de 2024.

Leon Tolstoy lendo seu livro Guerra e Paz

“Guerra e Paz” de Liev Tolstói

O romance “Guerra e Paz” de Liev Tolstói é um dos maiores clássicos da literatura mundial, que narra a história da Rússia durante as guerras napoleônicas, entre 1805 e 1820.

A obra mistura personagens reais e fictícios, e acompanha as vidas de cinco famílias aristocráticas: os Bezukhov, os Bolkonsky, os Rostov, os Kuragin e os Drubetskoy.

A obra também apresenta reflexões filosóficas sobre o destino, a história, a guerra e a paz.

Guerra e Paz é um livro muito longo. A edição da Companhia das Letras, traduzida por Rubens Figueiredo, tem 1544 páginas. Para ler o livro inteiro, a maioria das pessoas levaria cerca de 46 horas, ou um mês e meio, lendo uma hora por dia.

Segundo uma definição comum, uma guerra é um conflito que atinge pelo menos mil mortes em batalhas em um ano, e um conflito armado é uma disputa que resulta em pelo menos 25 mortes em batalhas em um ano.

De acordo com essa definição, há pelo menos 8 guerras e 28 conflitos armados em curso no mundo hoje (14 de janeiro de 2024).

Essas formas de violência causam mortes, sofrimento e deslocamento de milhões de pessoas e animais, além de gerar impactos negativos no meio ambiente, na economia, na saúde, na educação, nos direitos humanos, entre outros aspectos.

Confira neste vídeo uma reportagem da TV CÂMARA DE CAMPINAS sobre “Refugiados e Cultura de Paz em Campinas”, onde falamos sobre o deslocamento de pessoas, devido a guerras, conflitos armados e suas implicações.

Uma das lições que podemos tirar da obra de Tolstói é a crítica que ele faz à ideia de que a história é determinada pela vontade de grandes homens, como Napoleão, ou pela ação de leis naturais, como a geografia ou a economia.

Ele defende que a história é o resultado da soma infinita de vontades individuais, que são guiadas por uma força superior, que ele chama de Providência.

Confira a Mensaje del MIsionero de la Paz Lino Azevedo Junior en la IV CUMBRE MUNDIAL PARA LA PAZ, onde tenta passar essa mesma ideia de Tolstói, quando diz que: “defende que a história é o resultado da soma infinita de vontades individuais

Ele conclui que o verdadeiro herói da história é o povo anônimo, que sofre e resiste aos horrores da guerra, e que a verdadeira grandeza do homem está em sua capacidade de amar e de servir a Deus.

Essa lição pode nos ajudar a compreender melhor os conflitos e as guerras que ocorrem no mundo hoje, e a questionar as narrativas que os simplificam ou os justificam.

Podemos reconhecer que os conflitos e as guerras não são inevitáveis, mas sim frutos de escolhas humanas, que podem ser influenciadas por interesses, ideologias, preconceitos, medos, entre outros fatores.

Podemos nos posicionar e nos manifestar a favor de um mundo de paz, sem guerras e sem violência

Podemos também valorizar e apoiar as pessoas que sofrem e lutam pela paz, pela justiça, pelos direitos humanos, pelo meio ambiente, entre outras causas.

Podemos ainda buscar desenvolver o nosso amor e a nossa compaixão pelos nossos semelhantes, independentemente de suas diferenças, e a nossa espiritualidade, que nos conecta com algo maior do que nós mesmos.

O filme “A última estação” e a obra “Guerra e Paz”

O filme “A última estação” e a obra “Guerra e Paz” guardam uma íntima relação, pois ambos são inspirados na vida e na obra do escritor russo Liev Tolstói.

O filme “A última estação” é um drama biográfico lançado em 2009, dirigido por Michael Hoffman e baseado no livro de Jay Parini. O filme retrata os últimos anos de Tolstói, que se vê dividido entre sua doutrina da pobreza e da castidade e a realidade de sua enorme riqueza, e decide sair de casa em uma viagem, mas seu estado de saúde precário o impede de seguir adiante.

O filme mostra também o conflito entre sua esposa Sofya, que quer preservar seus direitos autorais, e seu discípulo Chertkov, que quer que ele doe sua obra para o movimento mundial tolstoiano.

A influência do evangelho de Jesus de Nazaré na obra literária “Guerra e Paz” de Liev Tolstói

O evangelho de Jesus de Nazaré teve uma grande influência na vida e na obra de Tolstói, especialmente na segunda metade do século XIX, quando ele passou por uma crise existencial e moral, e se dedicou ao estudo das religiões, em busca de um sentido para a vida. Tolstói se identificou com o cristianismo primitivo, baseado nos ensinamentos de Jesus, e não com a Igreja Ortodoxa Russa, que ele considerava corrupta e hipócrita. 

Ele desenvolveu sua própria interpretação do evangelho, que enfatizava os princípios da não violência, do amor ao próximo, da renúncia aos bens materiais e da resistência ao mal pelo bem.

Esses princípios estão presentes em “Guerra e Paz” antes da conversão definitiva de Tolstói ao cristianismo.

Ensinamentos de Jesus de Nazaré

O livro narra a história da Rússia durante as guerras napoleônicas, entre 1805 e 1820, e acompanha as vidas de cinco famílias aristocráticas, que sofrem as consequências da guerra e da paz.

O livro também apresenta reflexões filosóficas sobre o destino, a história, a guerra e a paz, e a liberdade humana.

O evangelho de Jesus de Nazaré influencia os personagens de “Guerra e Paz”, que passam por transformações morais e espirituais ao longo da história. Por exemplo, Pierre Bezukhov, um dos protagonistas, é um jovem idealista e herdeiro de uma grande fortuna, que se casa com uma mulher bela e ambiciosa, mas infiel. Ele se envolve com os maçons, uma sociedade secreta que busca a iluminação espiritual e a reforma social. Ele tenta melhorar as condições de vida de seus servos, mas enfrenta resistência e frustração. Ele se infiltra entre os franceses e tenta matar Napoleão, mas é capturado e preso. Ele faz amizade com um camponês chamado Platon Karataev, que lhe ensina a simplicidade e a felicidade da vida. Ele se liberta de seus bens materiais e de seus preconceitos, e se casa com Natasha Rostova, uma jovem alegre e encantadora, por quem ele se apaixona. Ele se torna um homem pacífico e bondoso, que segue os ensinamentos de Jesus.

Esses são alguns exemplos de como o evangelho de Jesus de Nazaré teve uma influência na obra literária “Guerra e Paz” de Liev Tolstói.

Resumo do livro “Guerra e Paz”, do escritor russo Liev Tolstói

O livro é dividido em quatro partes e dois epílogos.

Só lembrando, esse é um dos maiores clássicos da literatura mundial, que narra a história da Rússia durante as guerras napoleônicas, entre 1805 e 1820.

Confira a resenha do livro GUERRA E PAZ, DE LIEV TOLSTÓI (#111) do Canal @LerAntesdeMorrer. Sensacional!!!

Leon Tolstoy lendo seu livro Guerra e Paz

A primeira parte começa em 1805, quando Napoleão invade a Áustria, e mostra o início da amizade entre Pierre Bezukhov, um jovem idealista e herdeiro de uma grande fortuna, e Andrei Bolkonsky, um oficial do exército russo que sonha com a glória militar. Pierre se casa com Helene Kuragina, uma mulher bela e ambiciosa, mas infiel. Andrei deixa sua esposa grávida e seu pai para lutar contra Napoleão na batalha de Austerlitz, onde é ferido e dado como morto. Ele é salvo por um soldado chamado Nikolai Rostov, que pertence a uma família nobre, mas endividada. Nikolai é apaixonado por sua prima Sonya, mas sua mãe quer que ele se case com uma mulher rica. Andrei volta para casa e encontra sua esposa morta no parto. Ele se torna amigo de Pierre, que descobre a traição de Helene e se separa dela.

Leon Tolstoy lendo seu livro Guerra e Paz

A segunda parte se passa em 1809, quando Napoleão e o czar Alexandre I fazem um tratado de paz. Pierre se envolve com os maçons, uma sociedade secreta que busca a iluminação espiritual e a reforma social. Ele tenta melhorar as condições de vida de seus servos, mas enfrenta resistência e frustração. Andrei se isola em sua propriedade rural e se dedica à educação de seu filho. Ele conhece Natasha Rostova, a irmã de Nikolai, uma jovem alegre e encantadora, e se apaixona por ela. Eles ficam noivos, mas Andrei viaja para o exterior por um ano, a pedido de seu pai. Nesse período, Natasha é seduzida por Anatole Kuragin, o irmão de Helene, que é casado e só quer se divertir. Pierre impede que Natasha fuja com Anatole e a consola. Ele percebe que está apaixonado por ela, mas se sente culpado por trair seu amigo Andrei.

A terceira parte começa em 1812, quando Napoleão rompe o tratado e invade a Rússia. Andrei rompe o noivado com Natasha e volta para o exército. Pierre se envolve com uma seita religiosa que acredita que Napoleão é o Anticristo. Ele decide ir a Moscou para participar da resistência contra os franceses. Ele se envolve em um duelo com Dolokhov, um oficial que teve um caso com Helene. Ele o fere, mas não o mata. Helene morre de uma overdose de remédios, deixando Pierre livre. Ele se infiltra entre os franceses e tenta matar Napoleão, mas é capturado e preso. Ele faz amizade com um camponês chamado Platon Karataev, que lhe ensina a simplicidade e a felicidade da vida. Andrei é ferido na batalha de Borodino e reencontra Natasha em um hospital. Eles se reconciliam, mas Andrei morre em seus braços. Natasha cuida de Maria Bolkonskaya, a irmã de Andrei, que se casa com Nikolai. Pierre é libertado após a retirada dos franceses e se casa com Natasha. Eles têm quatro filhos e vivem felizes.

Leon Tolstoy lendo seu livro Guerra e Paz

O primeiro epílogo mostra a vida das famílias principais em 1820, sete anos após o fim da guerra.

O segundo epílogo contém as reflexões de Tolstói sobre o significado da história, da guerra e da paz, e da liberdade humana.

Ele critica as teorias que atribuem a causa dos eventos históricos à vontade de grandes homens, como Napoleão, ou à ação de leis naturais, como a geografia ou a economia. Ele defende que a história é o resultado da soma infinita de vontades individuais, que são guiadas por uma força superior, que ele chama de Providência. Ele conclui que o verdadeiro herói da história é o povo anônimo, que sofre e resiste aos horrores da guerra, e que a verdadeira grandeza do homem está em sua capacidade de amar e de servir a Deus.

Por gentileza, contribua com as suas reflexões nos comentários abaixo… UNIÃO E PAZ

* O conteúdo deste post foi gerado, em parte, com auxílio da IA do Bing, o chatbot criativo e inovador da Microsoft: https://www.bing.com/

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Por Lino Azevedo Júnior

Post publicado a partir de Campinas, São Paulo, BRASIL em 14 de janeiro de 2024.

 

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