O que é a “Não-Violência”?

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Não-violência (do sânscrito: ; transl.: ahimṣā , “não violência”, “ausência de desejo de ferir ou matar”) é a prática pessoal de não causar sofrimento a si próprio ou a outros seres sob qualquer circunstância.

Ela surgiu da crença de que ferir pessoas, animais ou o meio ambiente não é necessário para se conseguir vantagens. Se refere a uma filosofia geral de abstenção da violência, tendo, como base, princípios religiosos, espirituais e morais.

Documentário: A História da Não-violência (Legendado) – Filme Completo – Fonte: ohumanista

Mahavira (599-527 a.C.), o 24.º tirthankara do jainismo, introduziu o conceito de “não-violência” para o mundo, aplicando-o em sua própria vida. Ele ensinava que, para se obter o nirvana, era necessário se abster da violência.

O conceito também possui elementos ativistas, como quando é usado como instrumento de mudança social. Neste sentido, o termo é, comumente, associado à luta pela independência da Índia, liderada por Mahatma Gandhi, e à luta pelos direitos civis dos negros norte-americanos, liderada por Martin Luther King Jr. O movimento ocorrido na Índia foi fortemente influenciado pelos princípios da religião jainista, pelas ideias de desobediência civil de Henry David Thoreau e do anarquismo cristão de Leon Tolstói. O exemplo indiano inspirou uma série de ações que ocorreram nas décadas seguintes. Na década de 1960, a campanha não violenta de Cesar Chavez lutou contra o tratamento infligido aos trabalhadores rurais da Califórnia. A não violência também inspirou a Revolução de Veludo na Checoslováquia, em 1989. Mais recentemente, a campanha não violenta de Leymah Gbowee e das mulheres da Libéria conseguiu interromper uma guerra civil que já durava catorze anos.

Embora a não violência seja, frequentemente, confundida com passividade e pacifismo, tal associação é rejeitada pelos ativistas adeptos da não-violência. Não violência é a ausência de violência e se refere à opção de se causar pouco ou nenhum dano, enquanto que passividade significa não fazer nada. A não violência pode ser passiva em alguns casos, e ativa em outros. Uma mesma pessoa pode, contraditoriamente, defender a não violência em alguns casos e ser violenta em outras situações. Por exemploː opositores ao aborto ou à alimentação carnívora podem, eventualmente, matar um realizador de abortos ou atacar um abatedouro de animais, o que as classificaria como pessoas violentas.

A não violência é uma arma poderosa e justa. Realmente, é uma arma única na história, que corta sem ferir e enobrece quem a usa.
— Martin Luther King Jr., no discurso de recebimento do prêmio Nobel da Paz de 1964

 

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