Brasileiro desenvolve projeto contra a fome e é selecionado pelo MIT

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Basicamente, ele desenvolveu um projeto para combater a fome e o desperdício de comida

Matheus Felipe Pereira de Souza, estudante de mestrado em Geografia da Universidade Federal de Roraima, é o primeiro brasileiro da região norte do país a ter um projeto aceito para um programa do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). Isso é incrível!

“O foco é acelerar, através de uma plataforma tecnológica, a distribuição de alimentos que antes seriam destinados ao lixo, às pessoas que não possuem condições de ter uma boa alimentação e aqueles que passam fome”, afirma o estudante.

O trabalho é dividido em três partes. A primeira consiste na coleta de dados, usando Big Data. “Hoje temos diversas organizações internacionais e não-governamentais que produzem uma série de dados sobre pobreza em diversos pontos do mundo. A FAO, ONU, UNICEF e outras produzem dados que podem ser facilmente captados, assim podemos analisá-los de modo mais dinâmico, facilitando as nossas ações em diferentes regiões do mundo. No entanto, um sistema mais clássico pode ser implementado também, o ramo científico (universidades), já possui alguns focos de fome mapeado, especialmente nos cursos de geografia e ciências sociais, o que também facilita a identificação”, continua.

A segunda quer estabelecer parcerias, tanto no setor público, quanto no privado, para tentar arrecadar alimentos e fazer a redistribuição. “A segunda fase é mais dinâmica. A partir da identificação dos focos de fome (passo 1), vamos buscar parcerias com supermercados, produtores rurais e fabricantes de alimentos, ao mesmo tempo vamos desenvolver um sales forecasting (alguns CRMs oferecem isso, mas ainda é necessário algumas modificações para focar nos para expirar) para os produtos prestes a vencer. A partir disto, nós conseguimos ter uma estimativa de quanto produto sobrará para as doações (divididas em dois segmentos)”, discursa.

E por fim, a terceira parte é onde os produtos são destinados às famílias. “Nesse momento vamos contar com o apoio da ONGs para recolher e doar estes produtos. As ONGs terão um cadastro com as famílias que podem receber as doações (com base em alguns parâmetros que vamos estabelecer). Com isso, as famílias terão algumas obrigações sociais, como filhos matriculados e indo bem na escola, caso os pais estejam desempregados eles têm que estar procurando emprego. Desse modo, conseguimos reduzir a fome, e impulsionar os pais para algo melhor, isso já se diferencia do método de somente doar o alimento e esquecer da família ou das obrigações dela”, finaliza.

O projeto levará Matheus a Taiwan, para participar do Beyond Food Bootcamp, programa de imersão que busca soluções para problemas globais relacionados à fome. A etapa final será desenvolvida durante essa semana.

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